Havana, por suas placas.

Gosto das placas que adornam paredes, que dão direções ou que nos chamam para ver, ouvir ou comer algo, daquelas que nos oferecem o que está por detrás das portas.  

Normalmente fotografo as bem humoradas, lindamente trabalhadas ou inusitadas. Fiz isso em Brasilia e contei no post "Uma cidade por suas placas"!

Em Havana a beleza está no clássico, no uso do ferro e do bronze, nas poucas cores de alguns vitrais ou mosaicos. 

Grande parte das placas que encontramos foram colocadas pelo departamento de patrimônio do governo, indicando prédios históricos ou homenageando personalidades. 

As placas "in memorian" são muitas e estão espalhadas pela parte antiga da cidade. Fazem referência aos personagens históricos do país. Não me furtei de ler todas pelas quais passei. 

Quando menos esperávamos, um poema! 

Os comerciantes investem em pequenos diferenciais. 

Não nos deixam esquecer que estamos no país dos charutos. 

Muitas são apenas charmosas. 

 

Em algumas construções seriam dispensáveis, mas quando bem colocadas formam um lindo conjunto. 

Há também as dos pequenos empreendedores vendendo serviços. 

Inusitadas? 

Quem poderia imaginar, numa cidade praticamente sem lojas, encontrar uma dedicada aos bonsais? Nada como as surpresas dos caminhos para encantar as horas! 

Algumas usam a história para atrair quem passa. 

Outras, pelo conjunto, parecem querer espantar aqueles que se atrevem a se aproximar. Ah, e para mandar uma cartinha, um postal? Só colocando a mão entre as presas da fera, num ato de coragem (ou insensatez) - ao que parece algumas correspondências são liberadas, enquanto outras deglutidas pelo simpático gatinho. 

Poucas são coloridas. 

E quando são coloridas, atraem multidões.

Luminosos? Raríssimos, como esse no cinema de rua tão procurado pelos jovens habaneros nas quentes noites caribenhas. 

Do clássico das livrarias e galerias de arte... 

... ao moderno.

No país da Revolução Socialista, ela não poderia faltar, está nos livros e nos muros da cidade.