Havana conta com alguns museus, mas nem todos me
pareceram legais. Possuía uma lista para visitar, mas fui cortando, cortando e,
dos que visitei, gostei de apenas dois, muito diferentes entre si.
Um deles foi o Museu de Belas Artes, dividido entre
dois prédios, um dedicado a Arte Universal - Palácio do Centro Asturiano e, outro, apenas para a Arte Cubana - Palácio de Belas Artes.
Curti muito o Palácio do Centro Asturiano onde estão expostas as obras de Arte Universal, onde pude
fazer algumas imagens. Não havia uma regra quanto a fotografar, dependia do
espaço e do funcionário responsável. Meio complicado, mas usufrui o quanto
pude.
Estabelecido num prédio belíssimo, próximo ao
Capitólio, ao Teatro Nacional de Cuba e ao Paseo del Prado é moderno, com belas exposições e com
um acervo sui generis, amplo. O acervo de 45.000 obras, que vão de importantes artistas europeus até anônimos de escolas latino americanas, passando por um setor de numismática e por coleções arqueológicas, com obras etruscas, egípcias e grego-romanas, é exposto em salas que se dividem entre países ou épocas. Conta ainda com um biblioteca, composta por 120 mil volumes. É considerado o maior e mais importante do Caribe.
A primeira sala foi a dos Estados Unidos, dividida
entre artistas americanos e de diversos países latino americanos. Ali comecei a
entender o que veria. Entre artistas conhecidos e desconhecidos, muitas obras anônimas e belíssimas. Ao observar a beleza dos traços, a qualidade dos trabalhos, percebia a importância da valorização daquelas obras, sem nomes, mas carregadas de história.
Trabalhos interessantes, entre os assinados, como os de Childe Hassam, Joseph
Paez e uma obra lindíssima de L.Urban.
Na sequência, uma infinidade de obras anônimas,
separadas por tag de "escola novo México", "escola Alto Peru - Bolívia"
ou, apenas, "artistas anônimos". Para mim, absolutamente diferente e encantador. Ali, lado-a-lado com Velasquez, os "joãos e josés da vida", com sua arte e sua beleza eternizada.
Uma obra linda, anônima e que pude fotografar, assim
indicada: Virreinato de Nueva España - Mexico XVIII - retrato de Francisca
Xaviera de Paula.
Fomos saindo de uma sala e indo para outra, entrando
e saindo dos elevadores (moderníssimos), curtindo obras belíssimas e a maneira
especial como as anônimas são expostas. Nunca havia visitado um museu onde
obras anônimas fossem o diferencial, a base.
Na Sala de Espanha fui pródiga em imagens. Obras de Joaquim Bastida, Hermenegildo
Anglada, Luis Alvarez Català e Dominguez Sanchez. Traços de diversas escolas,
mistura de estilos e pura beleza.
Anglada, com "La Alicantina, 1908":
E "Café en Venecia", de Manuel Dominguez:
Há tantas obras espetaculares por aqueles corredores, distribuídos em cinco andares.
Elegi minha obra preferida, uma perspectiva em escala perfeita: "La Plaza Perdida" - Velasquez, 1853. Uma arena de touradas, com homens e mulheres, toureiros e touros, numa perspectiva de traços perfeitos. Cores claras, brilhantes.
E "Café en Venecia", de Manuel Dominguez:
Há tantas obras espetaculares por aqueles corredores, distribuídos em cinco andares.
Elegi minha obra preferida, uma perspectiva em escala perfeita: "La Plaza Perdida" - Velasquez, 1853. Uma arena de touradas, com homens e mulheres, toureiros e touros, numa perspectiva de traços perfeitos. Cores claras, brilhantes.
Em abril a grande mostra era de obras belgas: The Importance of Being ... Panorama del Arte contemporáneo en Bélgica através de la obra de 40 artistas.
A Bélgica possui atuação efetiva em Cuba e podemos perceber isso especialmente no que tange as artes e ao patrimônio histórico, já que diversos prédios em Havana estão sendo restaurados com recursos do governo belga.
Há um andar reservado apenas para Arte da Antiguidade, mas não foi possível fazer imagens.
Além das exposições, da simpática disposição das obras e da impressionante quantidade de obras anônimas expostas num museu, novidade para mim, me encantei pelo lindo prédio. O Palácio do Centro Asturiano é de 1913 e possui detalhes belíssimos, além do interior modernizado (elevadores, iluminação especial e sistema de controle de umidade e refrigeração).
Sempre ouvimos e repetimos que em Cuba praticamente não há Internet, mas não é uma verdade. Há dificuldades de acesso, a população não possui renda suficiente para arcar com os custos, nossas operadoras não possuem convênio com a telefônica cubana nesse quesito, mas o Governo e suas ramificações possuem e a utilizam com normalidade. O Museu Nacional de Belas Artes possui um site espetacular e bem nutrido de imagens e que merece uma visita pelos ratos de museu, como eu. Espie aqui.
Mais algumas do lindo Palácio. Um lugar delicioso para passear, sem pressa.
Mais algumas do lindo Palácio. Um lugar delicioso para passear, sem pressa.
E como em Havana uma coisa já é encaixadinha em outra, que tal na saída olhar para a direita e dar uma paradinha do La Floridita? Tome um Daiquiri na companhia de Hemingway.
Mesmo muito belo! Por vezes, ao visitar um país ou uma cidade, custa-nos escolher o que visitamos, porque o tempo é limitado. Mas escolhas como esta, fazem valer o passeio! :)
ResponderExcluirBeijinhos, Paula!
Foi um passeio delicioso, o museu é muito bem cuidado e o prédio é lindissimo. BjO!
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