Roma: paixões que nos levaram ao Hotel Piazza di Spagna.

A cada lugar que visitamos adotamos lugares queridos, cantinhos especiais e, quando retornamos, damos preferência pelo que nos aconchega. Entendo quando me dizem que devo buscar o novo, novos bairros, outras inspirações - entendo, aceito e busco. Mas isso não impede que o ponto de partida seja aquele que já me cativou, não é mesmo? 

Roma já me ofereceu um cantinho seu para chamar de meu: Piazza di Spagna e seus arredores. Nem precisaria sair dali para me sentir realizada em retornar a Cidade Eterna, como a chamavam os poetas da Roma Antiga. 

Por aquelas ruas me sinto em casa, já sei por onde ir e voltar (e acreditem, isso não é fácil: nasci sem bussola), já tenho minhas lojinhas, cafés e, agora, restaurantes preferidos. Dali me espalho e, quando a distância é grande, tomo o metro ou um táxi para buscar o novo. Assim, embora ainda não tenha um hotel preferido, ando testando. 

Em nossa última visita o escolhido foi o Hotel Piazza di Spagna, na Via Mario Dè Fiori. 

A principal razão da escolha foi a localização - em nossas andanças anteriores pela região o havíamos colocado na lista das possibilidades futuras. Bom, dessa feita ficamos apenas quatro dias e, confesso, foi uma escolha cheia de aspectos positivos e negativos. 

Se a primeira razão foi a localização, a segunda foi o preço. Na minha listinha de possibilidades no entorno, ele não possuía as diárias de menor valor, mas as considerei dentro do orçamento - 155€. 

Bom, e o que encontramos? Um hotel com uma equipe gentil, decoração clássica, alguns equipamentos desgastados, mas tudo dentro do razoável. A recepção foi atenciosa, nossas acomodações já estavam preparadas e, embora tenha levado um susto ao não ver o elevador, ele estava lá pronto para nos levar com as malinhas para cima. Possuem um espaço web suficiente e sinal wi-fi free por todo o prédio.

Nossa suite estava no segundo andar, de frente para a rua, de acordo com a categoria reservada. Regra geral gosto de poder abrir a janela e apreciar o movimento, mas chegamos no feriado de Páscoa, com as ruas congestionadas e o barulho estava ensurdecedor - nos dias seguintes foi um pouco menos intenso, mas nada que se possa considerar silencioso. Como há diversos restaurantes com mesas na rua, sobe o som das conversas, que não chegava a atrapalhar. O pior foram os cantores da noite com suas gaitinhas irritantes e o caminhão das bebidas, logo cedo. Janelas bem fechadas, tirei de letra. 

E o barulho interno, nos corredores? Bom, dai foi mais difícil. A movimentação começava em torno das 6h30min e "adeus paz", até pular da cama. A equipe da limpeza, alegrinha, alegrinha, falando alto, batendo portas e dando risadas foi o que irritou, pois sou muito silenciosa e me incomoda essa algazarra matinal. 

O café-da-manhã servido num pequeno refeitório era bastante simples. Como para mim não é uma necessidade, fui na primeira manhã, vi que não era muito no meu estilo e não voltei mais. Implicância minha, havia o básico - pão, frios, café, chá e sucos em caixa. 

A suite decorada em estilo clássico, não muito espaçosa, não estava perfeitamente higienizada quando chegamos (considere nessa observação o fato de sermos enjoadas). Uma simples reclamação antes do primeiro passeio e, quando retornamos, estava tudo limpinho. 

O banheiro simples, espaçoso, contava com uma hidro de coluna. Bom, logo percebemos que a hidro necessitava de manutenção e nem a utilizamos. 

Indico, com os senões acima, numa escolha que coloque na balança localização, preço e dissabores. Eu não o dispensaria, mas analisaria outras opções nas proximidades antes de uma nova reserva. 

Por alguma razão não localizei parte das fotos do local. Nossa reserva foi feita pelo Booking e as imagens no site são fidedignas. 

Na estada anterior ficamos no Piazza di Spagna View - Guest House (naquele edifício terracota ao lado da Scalinata della Trinita dei Monti - a janela de nossa suite era uma daquelas que aparecem na foto acima). Nossas observações estão aqui.