O MAC que alimenta o espirito e o coração. Desde a mudança da sede do Museu de
Arte Contemporânea de Sampa, que estava para visitá-lo. Daí uma amiga disse que
o acervo ainda estava reduzido e acabei deixando para uma próxima oportunidade.
E ela chegou. Se tivesse perguntado novamente acerca do acervo, talvez tivesse tido
companhia na visita e a tornado ainda mais especial, mas o destino me fez
curtir aqueles espaços só, eu e minha câmera - amo quando me permitem
fotografar, guardar em minha memória complementar suas belezas.
*trocadilho infame, mas que não saiu da cabeça. Desculpem!
Primeiro e mais importante para mim foi o encontro com a beleza arquitetônica,
que sempre me fará retornar, embora o conjunto necessite, com urgência, de
cuidados paisagísticos, limpeza e poda dos jardins. Mas a estrutura by
Oscar Niemeyer está lá, agora apropriadamente ocupada - um pouco da história
arquitetônica da cidade somada às artes. As ondas da pequena marquise
são graciosas, se insinuam ao mesmo tempo que parecem desejar se recolher, uma
lindeza. O branco característico, em meio ao verde, trocando tons e luzes -
deve ser ainda mais especial com as cores das manhãs.
Distribuídas pelos vários andares, as exposições ganharam um bom tratamento
estético (o trabalho das cores nos espaços, como utilizado no Masp, seria mais impactante), em várias linhas e para gostos variados. Embora o acervo ainda não
esteja disponível em peso, foi um prazer rever certas obras, certos artistas.
Me encantei com algumas obras que só conhecia pelos livros de história da arte,
sempre um prazer ver as pequenas imagens guardadas na memória saltarem das
páginas para as paredes, como seres vivos que se libertam e se expõem em toda a
sua graça para olhos curiosos, ávidos.
As exposições são vivas, se alteram e se renovam. Então, talvez, quando você
chegue à essa casa, esse post já esteja desatualizado, o MAC já esteja com
novas cores e novas silhuetas, mas essa tarde estará eternizada como meu
primeiro "Olá ao MAC, no Niemeyer". E das exposições dessa
reinauguração, curti várias, especialmente a do Di Cavalcanti, a de obras do Volpi e a de parte do acervo da Casa.
Explorar as curvas e as cores de Di, seus jogos de proporções, de movimento, é
sempre encantador. E olha que cuidado bacana na disposição dos trabalhos....
Para encontros e reencontros, a mescla do acervo estava especial, embora restrita.
Encontrar Tarsilla pelos corredores....
Rever Chagall...
E olha a Anita ali quietinha, com sua "A Boba"...
Não sou muito fã, mas acabou sendo um encontro prazeroso:
Apaixonada por história, li o material e observei as imagens da exposição "Por um museu público:
Tributo a Walter Zanini", de quem desconhecia a trajetória e os serviços
prestados em prol das artes.
Há muito mais a ser visto e sentido, uns bons quartos de horas são necessários para perambular pelos andares. No espaço das doações mais recentes, há de tudo. Mas olha quem encontrei por lá!!
Um dos detalhes que mais chamaram minha atenção foi a atração que o povo tem
por paredes envidraçadas - que mostram e escondem, de como um pouco de cor e forma atrai até mesmo o
apressadinho. Ao atravessar a passarela, o pedestre encontra o prédio
envidraçado e observa os elementos que se encontram no térreo. Olha, vi
inúmeras pessoas darem uma entradinha só para fotografar com o gatão aí da
foto, mega requisitado - não foi fácil ter um momento a sós com ele:
Agora é esperar novas exposições e novas oportunidades, para aproveitar um dia
ensolarado em Sampa e fazer o tour das artes pelos prédios projetados pelo
Oscar, no complexo do Parque do Ibirapuera e adjacências. Ah, você não sabia??
Sabe a passarela, próxima ao prédio da Bienal?? Pois é, o Mac está do
outro lado, esperando por você.
A gaúcha já foi!
ResponderExcluirE a palistana ainda guarda na memória aquele ambiente inóspito que se encontrava ali, na época em que o DETRAN dominava o espaço. :'(
"Casa de ferreiro, espeto de pau", conhece?? hahahaaa!!!! Vá, está ficando gostosinho!! Estarei por aí de novo, em breve... Bjo!
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