As Letras e as Cores invadem a Praça!


Em Porto Alegre nem só de flores é invadida a praça na primavera, mas de muitas e especiais letras. Momento em que os gaúchos retiram os casacos e em despojados trajes de verão se juntam na Praça da Alfandega para cultuar o saber, as tantas letras e cores que ganham Vida em milhares de livros espalhados pelos estandes da Feira do Livro de Porto Alegre. 


A charmosa Praça no Centro Histórico da Capital, que agrega os mais importantes prédios históricos e de valor cultural da cidade, recebe por suas restauradas, floridas e modestas alamedas a estrutura que por uma quinzena dá abrigo as barracas de editoras de todo o país, que oferecem a mais variada gama de gêneros literários imaginável, além de tantas outras atrações que dão voz e forma a cultura brasileira. 



Dividida em espaços variados, como área infanto-juvenil, área internacional, de autógrafos, entre tantas outras, a organização aprimora a qualidade dos serviços oferecidos ano-a-ano. Os principais meios de comunicação da Capital ganham estúdios ao ar livre, de onde são transmitidos programas ao vivo e onde os transeuntes podem interagir com entrevistados e entrevistadores. 





Além da venda de livros, há espaço para muitas outras atividades culturais, como a Hora do Conto, Concertos Comunitários, apresentações de artistas locais, apresentações teatrais no Teatro Sancho Pança, além do número mega expressivo de sessões de autógrafos (previsão de que ultrapasse mais de 700 sessões). Embora o espaço físico tenha sido reduzido, uma vez que os trabalhos de revitalização dos armazéns do Cais do Porto foram iniciados, as atividades tradicionais foram mantidas. 




A 59ª Feira do Livro se integra as atividades da 9ª Bienal do Mercosul - com exposições nos prédios históricos situados na Praça. Assim, os visitantes circulam por ambos os eventos de forma gratuita e livre. 


Outras atividades que integram a agenda da Feira do Livro, eventualmente, deixam a Praça. Esse foi o caso do "Musical de Camelô", espetáculo musical de Nico Nicolaiewsky - dos Tangos e Tragédias, que teve sua apresentação na sala Dante Barone do Palácio Farroupilha (sede da Assembléia Legislativa do Estado), no último sábado. 


Não se pode deixar de referir que para quem está de passagem pela cidade, é uma ótima oportunidade de circular entre uma gama variada de atrações culturais do entorno, como a Casa de Cultura Mário Quintana, o Museu Hipólito da Costa e o novíssimo Memorial Érico Veríssimo.  Então, o que você acharia da idéia de iniciar suas atividades no Memorial Érico Veríssimo, seguido de uma caminhada e muitas compras pelas barracas da Feira do Livro, com visitinhas as exposições da Bienal, entre um suco no Santander Cultural e um cafezinho no MARGS, passando pelo Hipólito e encerrando as atividades culturais com um drink ao final da tarde curtindo o pôr-do-sol no bar do terraço da Casa de Cultura Mário Quintana? Pois bem, você tem até 17 de novembro para fazer esse simpático circuito cultural-literário no Centro Histórico de Porto Alegre. 


Se a caminhada por entre tantas bancas for cansativa, se apresse e garanta seu lugar num dos muitos bancos dispostos sob as sombras dos Jacarandas floridos. Já olhou tudinho? Certeza? No prédio da Caixa Econômica Federal há sempre exposições na galeria no térreo, além das obras de artistas locais que se posicionam tradicionalmente junto a entrada do prédio. 


Tenho que referir que o lema desse ano, espalhado em cartazes informativos e outros materiais de divulgação está "prá lá" de especial: 

"LER É PODER... saber
                             descobrir
                           realizar
                              influenciar
                             questionar
                                encantar"!! 

Bom, como costumo dizer, se você deseja encontrar alguém na cidade nesse período, o encontrará nos caminhos da Feira, especialmente aos finais de tarde. Já estive por lá em duas oportunidades nesses três primeiros dias e posso informar que já abasteci minha mesinha de cabeceira de autores como Cecilia Meireles, Claudia Tajes, Galeano, entre outros. Isso, é claro, aproveitando os ótimos descontos oferecidos pelas editoras e livrarias nesse período. Agora, se você gosta de garimpar, certamente encontrará excelentes opções nos balaios que se encontram junto aos estandes, com livros oferecidos a partir de R$ 2,00. 


Circulamos, circulamos e parece que as horas passam lentas, sossegadas. Será que é devido aos ponteiros do relógio da torre do Memorial do Rio Grande do Sul que teimam em permanecer inertes? 


Não poderia encerrar sem deixar registrada a tristeza pelo falecimento do Xerife da Feira, José Julio La Porta. Proprietário de uma banca de revistas na Praça, há 36 anos perambulava pelos corredores da Feira, tendo em mãos seu grande sino, que tocava ao inicio e ao final das atividades. Todos os anos o som de seu sino silenciava a Praça ao final de cada edição e como toda figura tradicional era ovacionado por frequentadores e expositores. Nos deixou na última semana, às vésperas de mais uma edição e não será substituído. Nesse ano, em sua homenagem, dezenas de crianças deram inicio às atividades tocando sinos pelas alamedas. 


Maiores informações sobre a localização dos estandes, agenda de autógrafos e espetáculos, visite o site: http://www.feiradolivro-poa.com.br/

7 comentários

  1. Visitei uma das edições, não lembro o número, mas faz em torno de cinco ou seis anos. Fiquei impressionada com a quantidade de expositores e de atrações. A organização e a estrutura estavam maravilhosas e foram só elogios da turma. Tenho vontade de retornar, mas anda dificil viajar fora das férias anuais.

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    1. Que pena, com a praça restaurada a estrutura ficou melhor armada, está tudo mais claro e limpo. Bjo!

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  2. Estive em POA em julho de 2012 e pretendo voltar lá! Cidade muito acolhedora e povo muito simpático! Só senti muito frio,o que é algo ruim para uma carioca,mas aí eu tive oportunidade de usar meus casacos de couro,hahahaha!

    Beijos!

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    1. hahahaha!!!! Passou frio, foi? O bom é fazeres uma visitinha na primavera, com a cidade florida e clima ameno!!! Bjo!

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    2. Mas o problema é que só posso ir com calma em julho ou em janeiro,que é quando tiro férias! Beijos!

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  3. Como a Gabriela só consigo ir no verão e já fui, mas quase morri de calor! Essa terra é muito quente, é realmente um Forno Alegre, não sei como sobrevivem! Rsrsrsrsssss.... Brincadeira! Mas deve ser muito gostoso caminhar pela praça enquanto se escolhem livros, muitos livros. Adoraria participar de uma experiência assim. tem todos os anos?

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    1. Julia, todos os anos, sempre na Primavera. É sempre uma experiência nova, é muito gostoso curtir a programação, andar - especialmente andar, perambular de banca em banca. realmente, não é a toa que chamamos a cidade carinhosamente de Forno Alegre, 40º por aqui é uma experiência única, até para quem mora em lugares quentes, pois temos o tal "abafamento". Abraços!

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