E
como ver tantas belezas em poucas horas? Sem pressa, deixando que o possível se
apresentasse aos olhos e o restante se resguardasse até nossa próxima visita.
Não sou fã de maratonas turísticas, gosto que os lugares agucem meus sentidos!
Bom, tínhamos três horas e duas cidades à explorar e fomos, câmera em mãos e nenhum
roteiro na cabeça. E agora, um post fotográfico.
Ao
sairmos do hotel, sem rumo, rapidamente resolvi que o melhor era seguirmos de
metro até Vila Nova de Gaia e de lá regressarmos a pé, medindo os passos pelos
ponteiros do relógio. Viagem curta, descemos no primeiro ponto após a bela
ponte - Jardim do Morro. E por onde seguir? Perguntinhas feitas a simpáticos
guardas e optamos por descer pelo caminho do Casino da Ponte, que se mostrou um lugar
maravilhoso para fotos, em direção as vinícolas. Braços dados e olhos atentos.
Ao
pé da ponte, junto ao rio, pausa demorada para observar a paisagem, às margens
com seu casario colorido, o teleférico sobre nossas cabeças. Dalí rumo as
vinícolas, que aos poucos começavam a abrir as portas ao público, que naquele
momento se resumia as duas gaúchas.
Cada
qual com seu gosto, com seus anseios. O meu estava em fotografar aquelas
nuances de cores fortes num dia sóbrio, meio sem brilho. Mas topei entrar nas
vinícolas, embora não estivéssemos dispostas a degustar bebidas alcoólicas aquelas horas da amanhã e muito menos fazer compras para arrastá-las Mundo
afora. Com a globalização perdeu um pouco o sentido se adquirir produtos que se
encontram a venda em nossa própria cidade, não? Tudo bem, não resistimos a duas
pequenas lembrancinhas e seguimos.
Bela a vista do Rio e do Casario colorido...
E
como haviam detalhes naqueles casarões para observar, mas tão pouco tempo a usufruir. Chegamos novamente na Ponte e resolvemos cruzá-la a pé, observando o
rio, a paisagem.
E agora? Pegamos o Funicular Guindais na Ribeira e descemos na Batalha, na parte alta e fomos explorar um pouco do Porto, agora sim dividindo espaço com turistas, que começavam a cruzar os portais dos hotéis.
Passos depois chegamos a Sé do Porto observamos a bela fachada, os painéis de azulejos, fizemos nossos três pedidos básicos, conforme a tradição e seguimos. Nada de visitar o claustro ou outros. O dia era para caminhar, ver o que se mostrasse e partir. Nem mesmo a Torre dos Clérigos foi visitada, ficou para uma próxima oportunidade. Na saída acabamos demorando mais observando o Mercado de São Sebastião, conforme contei nesse post aqui, pois a cena que se armava com gatos, vendedoras e compradores de peixes nos pareceu inusitada, como se saída de um livro de histórias.
Daquele momento até chegarmos ao hotel, caminhamos, papeamos e fotografamos. Parada? Só na loja de imãs para agregar elementos a pequena coleção.
Uma apaixonada por azulejos como eu acaba sempre onde eles estão e no centro histórico do Porto significa nas Igrejas, de Santo Ildefonso e dos Congregados. Fui curtir o azul que o céu por momentos nos negava naquela manhã, mas que é a minha cor - mas olha ele aí, colorindo um pequeno momento do dia. E como são lindos os painéis que recobrem aquelas fachadas tão azuis, com tons tão desavergonhadamente fortes. Hora de olhar para o alto.
E no Largo, já cansadas, sentamos, comentamos nossas impressões acerca daquela cidade, daquele centrinho histórico agora, a luz do dia, tão acolhedor e traçamos os caminhos que percorreríamos naquele dia rumo a Madrid.
Do centro histórico ao centro histórico, sem ir a zona nova, ao comércio, só aquele pedacinho saído dos livros de história para nossos olhos e corações. E esse foi o Porto para nós, como costumo dizer apenas um tom, uma cor - com gostinho de te quero muito, muito mais e que se encerra com um até breve, nos vemos qualquer dia.
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