PITADAS DO RIO GRANDE: uma Igreja em Salvador do Sul.



Se disser que não conheço a cidade, vocês acreditam? E porque então estaria ela aqui no Mochilinha?

Vamos lá...

No último sábado fizemos uma empreitada por terras gaúchas. Começamos nosso dia visitando Montenegro, a trabalho. Mas nossas atividades profissionais acabaram cedinho e começamos a ter idéias - o que é um perigo. Como já devem ter percebido rodar não é um problema, é um prazer. 

Depois de dois minutinhos de conversa resolvemos rumar para a simpática cidade de Carlos Barbosa na Serra Gaúcha, para almoçarmos na FestiQueijo - afinal, eram só uns 40 Km (de onde estávamos, multiplicando nossa distância de casa, por óbvio). E lá fomos nós...

No retorno, já a noite, com muita cerração, chuva, numa estrada cheia de curvas, erramos o caminho - às vezes acontece. Pois não é que numa curva do caminho pegamos muito a direita e acabamos acessando a pequena cidade de Salvador do Sul? Como durante o dia tínhamos percebido que a cidade contava com dois portais, há poucos quilômetros de distância um do outro, resolvemos cruzar e sair do outro lado, quando seguiríamos viagem. 

Salvador do Sul é uma pequena cidade de colonização germânica, que teve inicio em 1855 com a venda de lotes para famílias oriundas da cidade de Dois Irmãos ou da Alemanha. Foi dada preferência para Católicos, de modo a evitar a mistura entre esses e os Protestantes. Embora conte com pouco mais de seis mil habitantes, sua economia é forte, sendo considerada a maior produtora de ovos e perus do Estado.

Embora estivesse anoitecendo, a cidade já estava um breu. Cerração baixa, chuva fina, frio. Mas tantas pessoas nas ruas, todas na mesma direção.... Ao passarmos em frente a Igreja percebemos que era para lá que todos rumavam. A Igreja nos pareceu tão bonitinha que fizemos o retorno e fomos conhecê-la - claro, com direito aos três pedidos tradicionais por ser nossa primeira visita.

Descemos do carro na chuva e fomos ao encontro de pessoas simpáticas, meninos a porta entregando o Dia do Senhor, todos tomando seus lugares para o inicio da celebração. Aproveitamos que ainda não tinha iniciado para tirarmos algumas fotos, pois a construção é muito bonita, aconchegante, mas simples.


Os efeitos das luzes nas pinturas do teto são lindos.


Na hora em que deixávamos o local, alguns homens se aproximaram dos sinos e deram inicio as badaladas. Cena muito legal de ver, eis que são raros os locais onde ainda há sinos a serem badalados, na grande maioria já se dá por sistema de som, não é mesmo? E lá estão os senhores puxando as cordinhas na chuva.


Mas como se vê, em meio aquela escuridão, conhecemos apenas a Igreja, não a cidade.

Curtimos aqueles instantes e partimos, agora ao encontro da curva certa que nos levaria para casa. 

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