Nova
Petrópolis é uma linda e florida cidade na Serra Gaúcha, há apenas 108km de
Porto Alegre - faz parte da Rota Romântica, o “Jardim da
Serra Gaúcha”.
Conhecida como a cidade das Malhas, é a pequena prima de Gramado e Canela. Sem
a quantidade de atrações oferecidas pelas famosas, possui um charme que costuma
agradar à todos.
Cidade de colonização alemã, traz na arquitetura a tradição de seus fundadores.
De núcleo rural à cidade das Malhas, muitas décadas se passaram. Hoje cedia
anualmente o Festimalha.
Todos os anos no outono a festa reúne milhares de compradores ao longo de um mês.
Turistas de passagem em direção a Gramado/Canela, bem como todos aqueles que
sobem a Serra especialmente para comprar roupas e acessórios para o frio. A
pequena cidade fica congestionada. Há anos costumo visitá-la para adquirir
blusões e casacos a cada entrada de inverno. Os compradores podem escolher
entre comprar no Centro de Eventos, que sedia o festival ou nas pequenas lojas
existentes no centro da cidade e na Galeria do Imigrante (minha escolha). E, para quem curte, dá para aproveitar e pagar um "mico" no interior da Galeria (não foi fácil conseguir fazer essa foto sem nenhum modelo vivo):
Gosto
muito dos monumentos espalhados pela cidade, porque possuem um diferencial
feminista. Neles as mulheres são reconhecidas como trabalhadoras, como o foram
as colonizadoras alemãs, italianas e polonesas. Ao contrário do ocorrido em
outras regiões do Estado, de colonização portuguesa e especialmente açoriana
(onde as mulheres em sua grande maioria eram apenas esposas e mães), na Serra
Gaúcha e nos Campos de Cima da Serra (região mais ao Norte do Estado) a força
de trabalho das mulheres impulsionou o desenvolvimento das então colônias.
O trajeto até Nova Petrópolis já é um charme. Estrada serrana, cheia e curvas e
muitos vales, no outono não oferece hortênsias floridas como na primavera, mas
uma infinidade de Plátanos dourados ao longo de quilômetros e quilômetros. Além
disso, há pequenos núcleos comercias que oferecem roupas em malha de lã e
couro, além de calçados fabricados no pólo calçadista existente ao pé da Serra.
Mais do que isso? Muitas delicias, vendidas em pequenas barracas de frutas, produtos
coloniais (rapaduras, chimia, cucas, pães, bolos, compotas, salames, linguiças,
etc) e, especialmente, muito pinhão cozido, quentinho e pronto para servir de
lanche. Tá bom, confesso que há muito do famoso "chocolate de
gramado" por lá também!
Antes ou depois das compras as opções são uma caminhada pelas ruas principais
do Centro, um passeio demorado pelo Parque do Imigrante (que terá no futuro um
post exclusivo) ou um gostoso roteiro gastronômico.
Uma paradinha na praça central para fotos costuma ser a escolha de nove entre
cada dez visitantes - é o que dizem, mas acho que é de dez entre dez mesmo! Mas
isso tem uma explicação verde: o Labirinto Verde existente no centro da praça.
Muitos gritos e gargalhadas, além de muitas fotos costumam acompanhar a
brincadeira. E não pense que são as crianças as que mais aproveitam, não. O que
mais se vê são adultos dando pulos ao longo do caminho, fazendo poses para as
fotografias daqueles que ficam do lado de fora.
A cidade é uma ótima opção para hospedagem, possui muitos hotéis e pousadas,
com calefação e muitas em estilo enxaimel (ou Fachwerk: técnica de construção herdada dos etruscos e muito comum em
algumas regiões da Alemanha).
Os preços, no geral, um pouco mais acessíveis do que os oferecidos por Gramado,
salvo opções de charme.
Ao contrário do eixo Gramado / Canela, que possui uma maior diversidade alimentar e mescla culinária alemã, italiana, polonesa entre outras, em NP as opções ficam entre buffet de sopas ou café colonial alemão. No nosso caso costumamos alternar entre as duas possibilidades a cada visita.
Bom, mas mesmo uma visita rápida merece uma refeição a altura. O que você acha
de um almoço num café colonial típico alemão? O sistema é diferenciado em
relação aos italianos oferecidos no eixo Gramado / Canela, mas não menos
delicioso - menos farto, especialmente no que se refere as bebidas oferecidas
(pagas à parte nesse caso, e com carta menos elaborada). São três os mais
conhecidos: Opa’s Kaffeehaus (junto ao centro da cidade), o Recanto dos Plátanos
e o Colina Verde. Em vista do horário do Opa’s (só a partir das 14h) e da
aparente lotação do Recanto, fomos ao Colina, já no caminho de volta – próximo ao
trevo da cidade. Agradou, mas ainda prefiro os italianos!! Mas recebi a informação
que a sopa de Capeletti estava deliciosa e posso dizer que os demais pratos,
embora alguns típicos demais para mim, estavam apetitosos.
E
o que dizer das sobremesas? Muitas, dispostas num balcão refrigerado (tortas, pudins - de leite, de claras e de ameixa, doce-de-leite, compotas, entre outros), mas sempre acabo ficando com a mais comum –
sagú com creme de baunilha:
Bom,
mas o forte da cidade são as compras. Malhas de Lã e artigos em Couro, em
grande variedade. E para provar que é a cidade das Malhas, até as árvores
recebem seus agasalhos para enfrentarem o frio do inverno gaúcho - "árvores de polainas".
Mas não esqueça, sempre que estiver subindo a Serra Gaúcha - especialmente se estiveres de carro, aproveite para dar aradinhas ao longo do caminho. Surpreenda-se. Nem só de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Chico é feita a Rota Romântica. Há muitas pequenas e lindas surpresas ao longo do caminho. Uma delas é Picada Café.
ResponderExcluirAi, que delícia! Frio & sopa, uma combinação mais do que feliz!
E não é? Mais ainda em sistema de sequência!! Você sabe que gaúcho é gastronomicamente exagerado? Obrigada pela visita!! Abraços, Carmem.
ExcluirPaula
Você sabe de há lojas abertas em Nova Petrópolis aos domingos à tarde para compra de roupas?
ResponderExcluirOi. Normalmente sim, especialmente na Galeria do Imigrante e arredores. Abraço.
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