PERNAMBUCO: Praias do Cabo de Santo Agostinho


As praias do Cabo de Santo Agostinho ficam a aproximadamente 40Km de Recife, no litoral sul do Estado. O passeio foi feito em Catamarã, pela empresa Luck Tur.
 
 
Na fase inicial do passeio percorremos de Catamarã extensa área, avistando e recebendo informações das obras no Porto de Suape – inclusive das alterações do ponto de vista ecológico da área no entorno da barreira de corais e outros. Após percorremos uma área de mangue, onde podemos conhecer um pouco das peculiaridades daquela espécie de vegetação, da fauna e acerca da existência rara de cavalos marinhos. Essa primeira etapa do passeio foi bem instrutiva, pois o guia designado é professor de história, com um nível cultural bastante diferenciado – confesso que fiquei mal acostumada e depois dele sempre acho que não dou sorte com guias turísticos .
 

 
 




Antes da parada para o almoço, foi liberado o primeiro banho de mar do dia, quando muitos saltaram ao mar e percorram pequena faixa de areia deserta, recoberta por coqueiros, belíssima – aqui um inconveniente do passeio, pois como o Catamarã ancorou distante da costa: pessoas idosas ou com dificuldades de locomoção tiveram que ficar no sol aguardando o retorno dos demais à embarcação para seguirmos viagem. Passamos por Paraiso e Enseada dos Corais. Após fomos até o restaurante de onde partiria o passeio de buggy. Almoçamos a sombra das árvores, na areia – de todos os passeios esse foi onde houve a maior integração entre os participantes e que perdurou por todos os dias dali para frente (almoçamos numa única e extensa mesa). Os pratos do cardápio: camarão, peixe e lagosta.
 
 
Terminado o almoço seguimos de buggy para conhecer as praias da região, passando por faixa litorânea, pequenos povoados e pelos morros que circundam a área – cada buggy levou quatro ocupantes (Nessas horas ninguém pensa em segurança, não é mesmo? Todos sem cinto, correndo pelas estradas da região, cabelos ao vento!). Após pequenas paradas para fotos e rápidos banhos de mar (mais para refrescar do forte calor), adentramos numa estrada de chão e chegamos ao Bar do Artur, ponto final do passeio de buggy, na Praia da Calheta.
 
 

 
 
 
 

 
 
 

O Bar do Artur é um restaurante ao estilo receptivo turístico, pelo qual se tem acesso a belíssima Praia da Calheta, em forma de coração. O local é aprazível e o atendimento é honesto, com preços acessiveis. A vista a partir do Bar é excepcional, pois se avista a praia e as formações rochosas mais abaixo, a água verde cristalina. Mas o mar é mais agitado, apesar das águas serem mornas. Da praia saem turmas para mergulho e pescadores em pequenas embarcações e jangadas. O local é muito bonito. A Praia da Calheta é conhecida como a “Esmeralda de Pernambuco”, pelo tom verde de suas águas – é uma pequena enseada situada entre as praias de Santo Agostinho e Gaibú que se encontra protegida por dois morros. Praia de areias claras e grossas.
 




 
 

O que me chamou muito atenção naquele dia é o fato de alguns poucos restaurantes, dos primeiros que desbravaram a área, terem praticamente usucapido o acesso àquelas praias. Por mais livre que seja o trânsito por dentro do Bar do Artur, todos receberam comandas de controle para poder acessar a Praia. Logo, há controle privado para acesso a área pública. Por outro lado, oferecem uma certa estrutura a ser desfrutada, como sanitários e ducha na área externa. Tudo bem que a simpatia do pessoal amenizou o estranhamento – aqui faço uma observação: todos que vi chegarem a Praia o faziam pelo Bar, mas não sei se há outro acesso mais discreto e livre. Muitas pessoas comentaram esse aspecto.
Em toda a região visitada encontramos muitos Cajueiros carregados de frutas maduras, de livre acesso pelos visitantes. Também há muitos pontos de venda de artesanato pelas estradas, especialmente em madeira e cerâmica. Entretanto, como estávamos em passeio contratado, ficamos um pouco engessadas e deixamos de conhecer muitos povoados que pareceram interessantes, os quais apenas avistamos de dentro do buggy e do ônibus.

Ao final da tarde partimos de ônibus de volta a Recife.
 
 
Minhas impressões acerca do passeio contratado: o passeio é longo, bastante cansativo e teve apenas duas paradas para banho de mar – uma ao meio-dia (com sol a pino) e outra já no final da tarde (com muito vento e com o sol já se pondo). Então, para quem como eu gosta de banhar-se calmamente, curtindo a paisagem, a temperatura das águas nordestinas e tirando fotos, não é uma boa opção. O inconveniente de um dos banhos demandar que os turistas se jogassem ao mar impediu que muitas pessoas usufruíssem da primeira parada para banho (a melhor delas) – pessoas idosas, com dificuldades de locomoção e com crianças pequenas ficaram no Catamarã. Ao longo do passeio de buggy houve mais uma parada, mas apenas para fotos e para um brevíssimo refresco nas águas, antes de chegarmos na calheta já ao final do dia. É um passeio para ser feito com mais calma, talvez em duas etapas.
 
 

 
 

Um comentário

  1. Olá Paula,

    sou arquiteta, mestranda do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco. Desenvolvo pesquisa sobre a paisagem do Cabo de Santo Agostinho e Baía de Suape.

    Bom, vi sua postagem e gostaria que, se você pudesse, respondesse ao formulário de entrevista que está disponível no link: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dDU5Q0dqcFBoQU1FOThscUkwRXZCX1E6MQ

    Ficarei muito agradecida em poder contar com sua colaboração.

    Helen.

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