A luta das cidades fronteiriças
brasileiras (cidades gêmeas de cidades estrangeiras) pela instalação de free
shops se aproxima do fim. Finalmente restou aprovado o PL 6316/2009, que
autoriza a instalação de zona franca nessas cidades, beneficiando 28 (vinte e
oito) municípios brasileiros, sendo 10 (dez) apenas no Rio Grande do Sul.
A existência de zona franca em
cidades gêmeas às brasileiras, conjugado com um câmbio favorável nos últimos
anos, tem trazido empobrecimento generalizado a essas comunidades em vista da
concorrência desleal – de um lado regime tributário especial, do outro taxação
tributária normal e elevada. O comércio de muitas delas está em fase
falimentar, gerando desemprego, êxodo e aumento da criminalidade.
A inexistência de uma política
para as cidades fronteiriças as jogou no completo abandono, pois em muitas
delas basta que seus moradores atravessem a rua, livremente, e adquiram
produtos de boa qualidade por preços atrativos. Com a aprovação do PL 6316/2009,
haverá um nivelamento de forças, pois os moradores dos demais países poderão
buscar em nossos free shops mercadorias nacionais e importadas igualmente com isenção
tributária. Como se sabe, não é permitido aos nacionais adquirem mercadorias
nessas lojas, sendo essa a razão da obrigatoriedade de apresentação de
documento de identificação a cada aquisição de mercadorias. Assim como naqueles
países não é permitido aos nacionais à compra em tais estabelecimentos, também
aqui não nos será permitida.
O Rio Grande do Sul espera
reverter a situação atual, pois vê na instalação dessa espécie de comércio mais
um atrativo para os milhares de estrangeiros que se utilizam se suas fronteiras
para ingressarem no Brasil anualmente em busca de nossas praias. Todos os
verões milhares de uruguaios, argentinos e chilenos, adentram pelas fronteiras
gaúchas buscando o litoral brasileiro, especialmente do Rio Grande e de Santa
Catarina. Além desse fato, as cidades fronteiriças passarão a contar com um
importante incremento, o turismo de compras – por esse, haverá um crescimento
da rede hoteleira, de serviços de alimentação, entre outros.
Além da área comercial também
serão fortemente beneficiadas a produção vinícola, calçadista, indústria têxtil
do vestuário, cama, mesa e banho, além das importadoras que poderão
disponibilizar produtos de diversas marcas por preços mais atrativos, entre
outras áreas.
O Projeto de Lei aprovado na
última semana segue para sanção presidencial, sendo que as entidades envolvidas
dizem que a Presidente da República já conhece seus termos e está sensibilizada
com a situação das cidades beneficiadas pelo mesmo. Após a sanção presidencial
a nova Lei passará ainda por regulamentação do Executivo e da Receita Federal,
fazendo com que a instalação não seja imediata, pois a lei é autorizativa
apenas.
*A Presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei em 10/10/2012.
*A Presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei em 10/10/2012.
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