A capital alagoana é um daqueles destinos onde melhor se percebe a divisão entre o turístico e o local, entre a riqueza de uma orla turística de belezas naturais indiscutíveis e a simplicidade de uma classe menos favorecida, residindo em ruas de chão batido e em casas de taipa (sim, se vê isso em Maceió). Mas conviver com as diferenças e conhecer um pouco dos lugares visitados, além dos pontos turísticos, é que efetivamente somam na bagagem de um turista, que leva as experiências, todas elas, para a vida.
A Maceió turística, sua orla, é de uma beleza estonteante. As cores de seu mar, variando em tons de um verde esmeralda a um azul profundo, os coqueiros a beira-mar e as jangadas coloridas fazem um retrato perfeito da zona turística da cidade. Os destinos mais procurados se concentram entre as praias da Jatiúca e da Pajuçara, onde estão os hotéis mais procurados e o pólo gastronômico. Em tal percurso temos a praia de Ponta Verde, considerada uma das praias mais fotogênicas do Estado, uma enseada de coqueiral perfilado.
Nas praias da Jatiúca e da
Pajuçara têm-se os jangadeiros, que levam os turistas para passeios nas
piscinas naturais – que somente não são avisados de que as águas não são
cristalinas (não se esqueçam, Maceió é uma cidade com todas as mazelas de uma
Capital – inclusive poluição). Os arrecifes se encontram a poucos quilômetros
mar adentro, formando um belo espetáculo quando observados das janelas dos
hotéis e fazendo a festa dos turistas que se encantam com os peixes
multicoloridos nas piscinas naturais. As jangadas coloridas nas praias já são
um espetáculo.
Ao longo da orla há muitas
barracas de praias e restaurantes. As barracas de praia mais concorridas são a
Lopana e a Kanoa, na Jatiúca. Á noite há muitos restaurantes na Ponta Verde,
mas o agito mesmo se concentra na Pajuçara, é uma muvuca. Lá você pode curtir
desde um jantar festivo até um forró pé-de-serra típico.
Ficamos hospedadas no Maceió Mar, na orla da Ponta Verde. Local central, muito, mas muito bonito e num hotel onde todos os apartamentos possuem vista para o mar, o sonho dos turistas. O bairro de Ponta Verde, apesar da rede hoteleira, é muito residencial, com supermercados, farmácias, livrarias e muitos locais ao final do dia, aproveitando o calçadão para caminhadas e práticas esportivas.
O Hotel se
encontra bem conservado, bastante limpo, serve um café da manhã aprovadíssimo e
possui uma equipe bastante simpática e prestativa. Possui dois bares, um interno
e outro junto a piscina. Conta com elevadores panorâmicos, nos aproximando a
todo o instante do mar. Estávamos a poucas quadras das praias da Jatiúca e da
Pajuçara, mas longe do barulho – consideramos a localização perfeita. Tivemos a
oportunidade de verificar a preocupação com a acessibilidade e os cuidados
dispensados a uma família que tinha um filho que necessitava de cuidados
especiais – receberam tratamento vip.
Fizemos muitas caminhadas,
mas também utilizamos táxis – os preços para nós que moramos em Porto Alegre se
mostraram normais, acessíveis.
No primeiro dia, ainda cansadas da viagem, fizemos um tour turístico para conhecermos um pouco da cidade. Confesso que ao contrário de outras cidades onde sempre optamos por reservar um dia para passeios pelo centro e pelo mercado público, em Maceió ficamos somente nesse primeiro passeio. Foi um pouco desestimulante. Passamos por alguns prédios históricos, recebemos explicações acerca das praias mais frequentadas pelos locais (como por exemplo, a Avenida – bastante poluída, mas sempre com uma turminha jogando bola), acerca do sistema de esgoto inacabado (mas que possui dutos que deságuam os dejetos poucos quilômetros mar adentro), a área de comércio, etc... O deslocamento entre os locais nos fez ver muito da pobreza em que vivem os habitantes, a sujeira das ruas e das praias, o acúmulo de lixo. Mas, nessa hora, o mais engraçado foi a importância que o guia deu as edificações do complexo jornalístico Arnon de Mello – não vi ninguém puxar as máquinas fotográficas nessa hora. Passamos pela Catedral, pela Igreja do Bom Jesus dos Martírios e paramos no Mirante para avistar a Capital – e para muitas fotos, é claro!
No meio da semana reservamos um dia apenas para curtirmos Maceió, sem passeios às praias do Estado. Aproveitamos a praia em Ponta Verde pela manhã – aqui uma observação: os preços cobrados por um guarda-sol e duas cadeiras foram extorsivos. Após uma paradinha no Hotel para um banho relaxante, partimos em busca de um restaurante típico – fomos ao Bodega do Sertão (que merecerá um post próprio). No retorno caminhamos bastante, com paradinhas em lojas e na livraria, um sorvete...
Aos finais de tarde aproveitávamos
para dar uma passadinha na Feirinha de Artesanato da Pajuçara. Bem localizada,
na orla, próxima a área gastronômica, está sempre lotada de turistas. Há
lanches típicos a venda, além de muita renda de bilro e filó de labirinto.
Ainda, muitas peças em couro, barro e madeira. Lembranças, especialmente as do
cangaço. Camisetas turísticas, imãs para geladeiras, etc.
Em matéria de gastronomia Maceió é eclética. Além dos pratos de frutos do mar, há pizzarias, japoneses, sorveterias. Mas nada melhor do que aproveitar a comida típica: fritadas de siri, peixadas e, especialmente, o chiclete de camarão. Desde que chegamos todos nos ofereciam o chiclete de camarão – acabamos por nos render no restaurante Carlito, na Ponta Verde. O prato de camarões ao molho é envolvido em pimenta e muito, mas muito queijo mussarela e requeijão cremoso. Achamos o prato um pouco pesado e enjoativo, preferimos peixe assado – o que pouco encontramos em Alagoas, pois parece preferirem a peixada, com molho. Jantamos em lugares diversos, pratos variados.
Em matéria de gastronomia Maceió é eclética. Além dos pratos de frutos do mar, há pizzarias, japoneses, sorveterias. Mas nada melhor do que aproveitar a comida típica: fritadas de siri, peixadas e, especialmente, o chiclete de camarão. Desde que chegamos todos nos ofereciam o chiclete de camarão – acabamos por nos render no restaurante Carlito, na Ponta Verde. O prato de camarões ao molho é envolvido em pimenta e muito, mas muito queijo mussarela e requeijão cremoso. Achamos o prato um pouco pesado e enjoativo, preferimos peixe assado – o que pouco encontramos em Alagoas, pois parece preferirem a peixada, com molho. Jantamos em lugares diversos, pratos variados.
Entre a Ponta Verde e a
Pajuçara há um mercado popular no calçadão (simples) onde são vendidas tapiocas
e água de coco. Local ideal para sentar e ver o povo e a movimentação no
calçadão. Para quem aprecia tapiocas, tem de todos os sabores.
Um último destaque seria
para o bairro das Rendeiras. Na verdade fica na área metropolitana, já em
Marechal Deodoro, junto a Lagoa do Mundaú. São algumas quadras com muitas
lojinhas que vendem artesanato, rendas, cachaças e outros produtos e lembranças
da terra. Há muitos móveis, redes e artesanato em palha e couro. Há muita, mas
muita renda de bilro e filó. Toalhas de mesa e cortinas, lindas, pintadas ou
bordadas, com rendas. Roupas. E os preços? Achamos bastante acessíveis, bem
mais do que adquirir tais produtos junto aos pontos turísticos do litoral ou na
Feirinha da Pajuçara.
Maceió é uma cidade que encanta por suas belezas naturais, por suas cores.
Sua população está acostumada a atender aos turistas, a um pedido de informações se segue um rosário de explicações – mas a boa vontade impera. O Estado merece e terá uma nova visita e sua Capital estará incluída no roteiro.
As imagens dizem tudo. Bj. Sonia
ResponderExcluirQue cores, que imagens, como vc conseguiu? As minhas não chegam aos pés!!! Pegaste uns dias privilegiados mesmo. Perfeitas. Ana
ResponderExcluirOi, Paula! Olha eu aqui outra vez! : )
ResponderExcluirFui a Maceió em janeiro deste ano de estou devendo escrever sobre lá no entreviagens... lendo o seu post, me deu a maior saudade... vou começar a escrever, risos!
Concordo com vc quando diz que vemos claramente a beleza, mas também a pobreza. É só nos afastarmos um pouquinho da orla turística para perceber isto!
Gostei do post! : )
Beijinhos!
Parabéns pelos post. Após fazer várias buscas sobre turismo em Maceió, achei seu posto com informações muito úteis. Valeu! A Bodega do sertão está agendada para o almoço de amanhã. Abraços.
ResponderExcluirQue bom que o post lhe foi útil, tenho certeza de que gostará do lugar, pequeno mas bem regional. Abraços,
ResponderExcluirPaula
Oi, Paula! Que post delicioso! Maceió é tudo isso mesmo que você escreveu!
ResponderExcluirUma distribuição de renda bem "malvada".
Sou apaixonada por Alagoas! E realmente, o Bodega do Sertão merece um post à parte. Você tomou o café da manhã de lá? Eu tenho um post só do café... maravilhoso!
Beijão!
Não sabia que seriam café-da-manhã!!!!! Escrevi sobre o almoço (que repeti, claro) e achei delicioso. Sabe que a comida nordestina, com forte componente português, é muito parecida com a da minha terra, da Campanha Gaúcha? Hoje está mais dificil, mas quando meu avô era vivo, se comia carne de cabrito - era meio que uma comidinha especial. Adoro os restaurantes regionais, gosto de sentir o cheio da terra e o gosto dos temperos! Abraços!!
ExcluirTo louca pra comer esse chiclete de camarão!, eu amo queijo e nunca acho enjoativo hahaha, adorei o post e o guia.... o melhor atrativo vai sempre ser as praias se for pra Maceió para não ir a praia não vale a pena.
ResponderExcluirA saudade das belas praias já está fazendo com que procure espacinho na agenda para uma nova visita! Valeu a visita!! Abraços Priscila.
Excluir